POEMA DO DIA
VELHAS PAIXÕES, NOVOS AMORES
MARTINS FONTES
Quanta estrela haverá, dentro da imensidade,
Que há muito se apagou, mas o olhar acredita,
Vendo a noite esplender a sua luz bendita,
Que ainda vive e conserva a mesma claridade?
Quantas velhas paixões, mortas na mocidade,
Guardam esse fulgor, que no espaço palpita,
- E há séculos percorre a amplidão infinita,
E é, na amplidão do amor, como a nossa saudade?
Quanta estrela haverá, no céu negro e tristonho,
Cujo clarão caminha entre as sombras escuras,
Simbolizando o amor no mistério do sonho?
Um dia há de brilhar essa luz nas alturas...
- E as paixões que hei de ter, e apenas pressuponho,
Ardem dentro de mim, como estrelas futuras!
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