ANÍBAL MACHADO, UM ESCRITOR MULTIFORME
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
ANÍBAL MACHADO, UM ESCRITOR MULTIFORME
BEWITCHED
EURIVAN R. CRUZ
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
A NATUREZA E O HOMEM NA LITERATURA BRASILEIRA
COMENTÁRIOS AO LIVRO
A SUAVE PANTERA
MARLY DE OLIVEIRA
CHOVE NOS CAMPOS DE CACHOEIRA
DALCÍDIO JURANDIR
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
SONETO DA PRECARIEDADE AMOROSA
LÊDO IVOFruto do passageiro, o amor terrenomais sofre acrescentado ao permanente.Melhor fora voasse , se é pequenoo engaste em que se encrava o seu presente.Intimidade surta de um aceno,o amor foge ao consumo do inerente,e em nós inoculado sem venenosó fica quando passa brevemente.Amor que emigra, sombra de imprevistaclareza, a solidão não se imaginapresa ao encanto do desancantado.Entre o amor ido e estar amando, distao estar sozinho que não se confinaentre ir amar um dia e ter amado.
A NATUREZA E O HOMEM NA LITERATURA BRASILEIRA
COMENTÁRIOS
terça-feira, 21 de junho de 2011
POEMA DO DIA
ZILA MAMEDE
Velha parede ponte limitando
os dois barrancos entre chão e chão.
Ao passadiço (em que montavam luas,
xexéus milipousavam no mourão)
a represança vinha da montante
em balde concha. Sobre a levação
do sangradouro retesou-se tempo
de quando as águas, nos rasgando a mão.
Desciam na revência, verdivida
amarelando cheiro de melão:
eram celeiros, peixes nos maretas
e em nós era ternura, era canção.
Sobras do antigo na menina extinta:
redorme na vazante a solidão.
sábado, 18 de junho de 2011
O CINEMA, SUA TITULAÇÃO E ALGUMAS PERVERSÕES
ÚLTIMA DAS ARTES A SER assim considerada, surgindo na virada do século XIX para o XX, o Cinema é uma Arte essencialmente tecnológica, que requer um imenso esforço coletivo e que passa por um grande número de fases e estágios, desde a concepção do roteiro até a montagem final do copião. A grande aberração nesta imensa linha de montagem é a titulação, o nome com o qual o filme deverá vigorar no país, estranha errata impingida pelas distribuidoras ao público. Neste sentido os títulos dos filmes no Brasil sempre oscilaram entre o exótico, o lacrimejante, o hilariante, o ridículo, o desnecessário e o censitório.
segunda-feira, 13 de junho de 2011
LANÇAMENTO
A NATUREZA E O HOMEM NA LITERATURA BRASILEIRA
segunda-feira, 16 de maio de 2011
POEMA DO DIA
domingo, 15 de maio de 2011
RESENHANDO
CINCO MINUTOS
JOSÉ DE ALENCAR
Podia dar-lhe outra resposta mais breve, e dizer-lhe simplesmente que tudo isto sucedeu porque me atrasei cinco minutos.
Desta pequena causa, desse grão de areia, nasceu a minha felicidade; dele podia resultar a minha desgraça. se tivesse sido pontual como um inglês, não teria tido uma paixão nem feito uma viagem; mas ainda hoje estaria perdendo o meu tempo a passear pela rua do Ouvidor e a ouvir falar de política e teatro.
Isto prova que a pontualidade é uma excelente virtude para uma máquina; mas um grave defeito para um homem.
O leitor desavisado pode vir a julgar o trecho acima como saído da pena de Machado de Assis, tal as semelhanças sintáticas, tal a postura eminentemente reflexiva, tal a fina ironia.
Pois assim é o primeiro romance de José de Alencar, Cinco Minutos, publicado inicialmente em folhetins em 1857. Eclipsado pelo estrondoso sucesso de O Guarani, lançado no mesmo ano, e pelos romances subsequentes, é um romance injustiçado e mesmo deixado de lado um pouco pelos críticos em geral.
Trata-se, porém de um romance originalíssimo em sua concepção. Ainda sem a grandiloquência dos romances indianistas de Alencar (O Guarani, Iracema), sem o moralismo tortuoso de seus romances femininos (Lucíola, Diva) e sem o palavreado um tanto forçoso dos romances urbanos (A Pata da Gazela, Senhora), apresenta ao leitor uma história leve, fugaz - e breve. A brevidade é o mote do livro, o tempo é a personagem principal, como em Proust. É uma rapsódia, um livro curto que se casa com a narrativa seguinte, A Viuvinha.
Notável o bom humor de Alencar, aquele mesmo bom humor predominante emA Pata da Gazela, ainda longe da militância política e das amarguras sociais dos anos à frente. Por todo o livro se pressente a sombra de Machado; reflexão e ironia, até mesmo o sarcasmo, coisa rara em Alencar são encontrados na narrativa:
Mais uma prova! Uma mulher bonita deixa-se admirar, e não se esconde como uma pérola dentro da sua ostra.
Decididamente era feia, enormemente feia!
Assim como em Machado, surgem as teorias:
Não se admire, minha prima; tenho uma teoria a respeito dos perfumes.
A mulher é uma flor que se estuda, como a flor do campo, pelas suas cores, pelas suas folhas e sobretudo pelo seu perfume.
Dada a cor predileta de uma mulher desconhecida, o seu modo de trajar e o seu perfume favorito, vou descobrir com a mesma exatidão de um problema algébrico se ela é bonita ou feia.
Cinco Minutos é um romance com um mínimo de personagens, com poucos diálogos, longos trechos entre aspas, dando a idéia de uma confidência ou de um sussurro. Narra a aventura de um conquistador à procura da mulher misteriosa, a embuçada, como nos típicos romances franceses da época. Como pano de fundo, lindíssimas descrições pictóricas da paisagem carioca e fluminense. O mar, presença dominante, acompanha o narrador/personagem em sua busca frenética por toda a narrativa.
quarta-feira, 13 de abril de 2011
POEMA DO DIA
CISNES
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
O IRÔNICO RUI BARBOSA
PATRONO DA CULTURA NACIONAL, cuja data se comemora a 5 de novembro (data de seu nascimento), Rui Barbosa (1849-1923) ainda é um dos brasileiros mais estimados e de memória mais respeitada, com uma vasta obra exemplar que sobreviveu aos ataques do Modernismo, ao contrário da maioria de seus contemporãneos.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
POEMA DO DIA
CONSOLO NA PRAIA
domingo, 30 de janeiro de 2011
RESENHANDO
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
POEMA DO DIA
A OUTRA
UM POETA GAIATO
O alagoano Sebastião Cícero dos GUIMARÃES PASSOS(1867 - 1909) foi um dos parnasianos do grupo de Olavo Bilac e viveu no Rio de Janeiro à época da transição política da monarquia para a República. Com o advento desta perde seu emprego de funcionário público e torna-se adversário do regime, no que é perseguido pelo governo de Floriano Peixoto, exilando-se em Buenos Aires.